O risco da inatividade física e aumento da mortalidade

O risco da inatividade física e aumento da mortalidade

Diversos estudos buscam analisar de que forma o sedentarismo pode influenciar nos níveis de mortalidade da população. Em um trabalho de 2016, Ekelund e colaboradores buscaram analisar de que forma a quantidade de atividade física, o tempo sentado e o tempo assistindo televisão poderiam influenciar nos riscos de morte por diversas causas (doenças cardiovasculares, câncer e outros).

Os autores puderam observar que o risco de morte aumenta quando os indivíduos ficam muito tempo sentado e praticam menos atividade. Esses dados já estão muito esclarecido na literatura e difundido na sociedade, porém, um dado importante para esse estudo, é em relação ao TEMPO que os indivíduos passam sentados e o quanto a atividade física diária pode influenciar na saúde da população.

Os autores indicam que, de forma geral, indivíduos que passam oito horas ou mais sentados, com a prática diária de 60 a 75 minutos de atividade física de intensidade moderada, praticamente eliminam o risco de mortalidade influenciado pelo tempo sentado. Ao diminuir o tempo sentado, observa-se que a quantidade de atividade física para fator protetor também diminui.

Com isso, observamos que a atividade física tem um fator protetor fundamental para a saúde das pessoas principalmente se contextualizarmos o padrão de vida que grande parte da população possui, onde ficam muito tempo sentados e praticam pouco movimento diário. Além disso, é válido observar que o termo utilizado durante do texto foi “ATIVIDADE FÍSICA”, isso significa que foram consideradas qualquer atividade diária que gere um gasto energético e não somente exercícios físicos de forma sistematizada.

Referencia:

Eklund e colaboradores. Does physical activity attenuate, or even eliminate, the detrimental association of sitting time with mortality? A harmonised meta-analysis of data from more than 1 million men and women. The Lancet, July, 2016.

Victor Mielli

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