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Disfunção hormonal



O envelhecimento é um processo natural que ocasiona alterações no funcionamento corporal e na regulação de várias substancias e hormônios, dentre eles a testosterona, principal andrógeno nos homens.


O efeito da deficiência da Testosterona (T), sobre a saúde psicológica masculina foi relatada no estudo de Hackett et al, 2017 e pode comprometer o bem-estar geral, sexualidade e fertilidade.


A deficiência de testosterona (DT) é uma condição médica significativa e bem estabelecida definida como uma síndrome clínica e bioquímica associada a idade avançada e comorbidades, sendo caracterizado por uma deficiência nos níveis séricos de andrógenos (com ou sem diminuição da sensibilidade genômica aos andrógenos ) com sinais e sintomas relevantes podendo afetar adversamente vários sistemas de órgãos e resultar em diminuições significativas na qualidade de vida.


As estimativas sobre a prevalência de DT variam amplamente. O Estudo Europeu de Envelhecimento Masculino (EMAS) avaliou mais de 3.000 homens e mostrou que 75% dos homens mantiveram-se níveis normais de Testosterona na velhice, sugerindo que deficiência de testosterona não é apenas uma função do envelhecimento, sendo mais comum em homens com somatório de fatores: idade avançada e obesidade, comorbidades não tratadas e baixo estado de saúde.


A Testona tem vários efeitos no corpo:

• No cérebro, estimula libido, agressão e ajuda a cognição, memória e sentimentos.

• Nos rins, promove a eritropoiese

• Na pele, ele suporta a produção de colágeno e estimula o crescimento do cabelo e a produção do sebo.

• No coração, afeta o débito cardíaco e as coronárias, o fluxo sanguíneo periférico e diminui a lesão de reperfusão.

• Também afeta a massa muscular e força, crescimento ósseo, densidade e eritropoiese, crescimento dos órgãos sexuais, espermatogênese e função erétil.

Etiologicamente a deficiência de testosterona é mais comum em sua forma secundária (início tardio, em homens com mais de 50 anos associados com condições como obesidade e síndrome metabólica.


Muitos sinais e sintomas de DT são de origem multifatorial e associado ao estilo de vida, como prevalência de obesidade, diabetes mellitus tipo 2 (DM2) e doença crônica, sendo recomendado como ação inicial, a modificação do estilo de vida, o manejo de comorbidades e perda de peso em caso de excesso de peso são primeiros passos importantes.


O diagnóstico de DT requer a presença de sinais e sintomas característicos, na 4.ª Consulta Internacional de Medicina Sexual (ICSM) foi recomendado que fosse observado se há:

Disfunção sexual, especialmente baixo desejo sexual, diminuição das ereções matinais, noturnas e disfunção erétil (DE) e sintomas menos específicos, como fadiga, distúrbios do sono, perda de força física, diminuição da energia, motivação e humor deprimido, além de obesidade visceral e diminuições na massa muscular e densidade mineral óssea, assim como afrontamentos e mudanças na cognição e memória.


Certos medicamentos podem suprimir os níveis de T e são indicados para homens com sintomas de DT apoiados por baixos níveis bioquímicos, entre eles, Glicocorticoides orais, opióides e antipsicóticos.


A terapia T é baseada em evidências, eficaz e segura, e normalização sustentada relacionada ao tratamento dos níveis séricos de T é provavelmente associada a menor mortalidade. No entanto, embora os múltiplos benefícios da terapia T sejam altamente relevantes para o paciente, eles são frequentemente subestimados por médicos especialistas focados em resultados específicos.


Referência:

Resp. Técnico: Rafael Raposo CREF: 1785G/DF CREFITO: 11/213996-F

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