Artigo comentado: Efeito do exercício na saúde cardíaca

A inatividade física é considerada um grande problema de saúde pública, onde, o sedentarismo está fortemente relacionado à morte por todas as causas e por doenças cardiovasculares. Portanto, tanto em âmbito individual quanto populacional, o incentivo à prática física e a hábitos de vida saudáveis devem ser estimulados como fatores de prevenção e remediação.

O efeito do exercício pode ser dividido em agudo e crônico, as adaptações agudas podem perdurar de 15 min a 24h após a prática, tendo como possíveis consequências a redução dos níveis pressóricos, especialmente nos hipertensos, na expansão do volume plasmático, na melhora da função endotelial e na potencialização da ação e aumento da sensibilidade insulínica na musculatura esquelética. Como efeito crônico tem-se a queda da frequência cardíaca de repouso, a hipertrofia muscular, a hipertrofia ventricular esquerda fisiológica e o aumento do consumo máximo de oxigênio (VO2 máximo). O exercício também pode promover a formação de novos vasos sanguíneos, aumentando o fluxo para os músculos esqueléticos e para o músculo cardíaco.

As doenças cardiovasculares são um conjunto de disfunções que atingem o coração e os vasos sanguíneos, provocando disfunções à saúde do coração e do corpo. Pode-se ter como exemplo: infarto, acidente vascular cerebral (AVC), trombose venosa e embolia pulmonar, insuficiência cardíaca e entre outros.

De acordo com a Atualização da Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia (2019) a prática física deve ser estimulada em todos os âmbitos da vida do indivíduo, como prevenção (150 minutos de intensidade moderada ou 75 minutos de alta intensidade) ou tratamento de doenças cardiovasculares, considerando o histórico e perfil do paciente/aluno em questão.

Referência:

Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Atualização da Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019. Arq Bras Cardiol. 2019; disponível em: http://publicacoes.cardiol.br/portal/abc/portugues/aop/2019/aop-diretriz-prevencao-cardiovascular-portugues.pdf

Filipe Luzine

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